quarta-feira, 9 de julho de 2014

O cativeiro e o seu propósito- Ezequiel 12

Lições de Vida

Leitura Bíblica - Ezequiel 12
O cativeiro e o seu propósito

Ezequiel se encontrava novamente entre os exilados em Babilônia, quando recebeu esta profecia do Senhor, porque havia sido arrebatado de volta pelo Espírito desde Jerusalém, para onde havia sido levado por Ele, para ver as abominações do templo, e as destruições que estavam determinadas sobre aquela cidade.

Os judeus que se encontravam em Babilônia não eram melhores do que aqueles que se encontravam em Jerusalém, de modo que o Senhor disse a Ezequiel neste capitulo, que ele estava habitando no meio da casa rebelde, que não podia ouvir nem ver o Seu desígnio, por causa da rebelião de seus corações contra Ele.

Então Ezequiel lhes serviria de símile, mais uma vez, o que eles chamavam de alegorias, porque o Senhor lhe ordenou que agisse de maneira que representasse o que estava prestes a ocorrer com o rei Zedequias em Jerusalém, os príncipes, nobres e soldados que estavam com ele, bem como todo o povo que habitava naquela cidade, porque o profeta teria que pegar todos os seus pertences que havia em sua casa, e mudar-se de casa, carregando-os consigo, só que através de um buraco que ele faria na parede de sua casa, e sairia por ele como quem se encontrava em fuga de algum perigo. 

Ele deveria fazer isto à vista dos judeus que se encontravam em Babilônia, para que se lembrassem do que Deus havia feito anteriormente através do profeta, antes que tal fato sucedesse em Jerusalém, quando os judeus estariam fugindo dos babilônios, que finalmente conseguiriam entrar na cidade depois de sitiá-la por dezoito meses.

Assim, lhes serviria de sinal de como aqueles que se encontravam em Jerusalém sairiam para o cativeiro: não em  paz, mas em fuga da morte pela espada.

No verso 13 o Senhor revelou a Ezequiel que o rei Zedequias seria preso por Nabucodonosor, e seria conduzido por ele para Babilônia, mas não lhe seria permitido ver a cidade, porque seus olhos seriam vazados e ele viria a morrer na prisão em que seria posto em Babilônia.

E a guarda pessoal do rei seria perseguida e morta pela espada dos babilônios. Tudo isto ocorreu exatamente como foi revelado a Ezequiel, e conforme podemos ver no relato do livro do profeta Jeremias.  

O Senhor deixaria que uns poucos dentre eles escapassem do juízo da espada, da peste e da fome, para que confessassem perante as nações para onde seriam dispersos, que foi por causa das abominações que haviam praticado, que o Senhor lhes trouxera todo aquele juízo. E com isto, a santidade do Senhor seria vindicada através do testemunho deles, de maneira que todos os povos soubessem que os atos dos judeus não eram inspirados e nem aprovados pelo Deus deles.  

Depois disto o Senhor ordenou a Ezequiel que comesse o seu pão e bebesse a sua água com tremor e estremecimento, e como alguém que se encontrava atemorizado (v. 18), para que os habitantes de Jerusalém soubessem que seria assim que eles comeriam e beberiam em sua terra, porque seria despojada de toda a abundância que ela tivera no passado, por causa da violência que era praticada nela pelos judeus. 

Por isso as cidades de Judá seriam devastadas, e ficariam desoladas, para que soubessem que isto lhes veio da parte do Senhor.

O deboche dos judeus receberia o devido castigo. Apesar de tudo o que lhes já havia sucedido, com parte do povo em cativeiro em Babilônia, ainda assim diziam que as profecias que lhes eram dirigidas falando de um juízo iminente que viria sobre eles, eram falsas, porque os dias deles em Jerusalém seriam dilatados, de forma que toda visão em contrário disto era falha (v. 23).

Mas o Senhor faria cessar tal provérbio em Judá, e mandou Ezequiel dizer-lhes que estavam próximos os dias do cumprimento de toda visão que o Senhor dera aos Seus profetas.

E toda visão vã, adivinhação para agradar a homens seriam cessadas em Israel porque o Senhor abreviaria o juízo, e já não haveria mais demora, para que não continuassem afirmando que tudo o que estava sendo dito pelos Seus profetas era para ser cumprido em dias ainda muito distantes. 

Nós aprendemos deste capitulo, para o que pode ser aplicado à Igreja de Cristo e às pessoas do mundo, em nossos dias, a grande verdade que se o coração for resistente à vontade de Deus, de nada adiantará, quanto a produzir arrependimento, conversão, salvação ou santificação, proferir-lhe a genuína Palavra de Deus, porque ela não pode fazer efeito num solo infértil, como aprendemos da Parábola do Semeador. Se a árvore for má não se poderá colher dela bons frutos, ainda que seja regada com a graça e com a Palavra do Senhor.

Não há nenhuma relutância no Senhor para transformar corações de pedra em corações de carne, mas é preciso reconhecer que a condição requerida por Ele não é o coração de pedra, mas o de carne, e pedir-Lhe e deixar que faça tal transformação, como tem prometido fazer em Sua Palavra.

Não há nenhuma resistência da parte do Senhor para receber e lavar o pior dos pecadores, mas este deverá se humilhar perante Ele, e ter um coração quebrantado por causa dos seus pecados. 

Todavia, os soberbos, os que confiam na sua própria justiça, os que resistem a Deus e à Sua vontade, tal como os judeus nos dias de Ezequiel, em vez de abençoados, serão destruídos pelos Seus juízos, e no caso de serem cristãos autênticos, pelas correções de um Pai, e no caso de ímpios, serão sujeitados ao juízo eterno no inferno de fogo, depois de partirem deste mundo, porque até que morram continuam alcançados pela longanimidade que o Senhor tem usado nesta dispensação da graça, convidando todos ao arrependimento, e usando de misericórdia para com todos para que se voltem para Ele. Mas se o homem se endurecer, nada mais lhe resta senão um horrível juízo de fogo. 
Pr Silvio Dutra
(adaptado)

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